Mosteiro de Santa Maria da Vitoria - Portugal

Em janeiro de 2012, tive o privilégio de poder viajar de férias para Portugal. Não sei como descrever a imensa beleza desta terra, onde passei 26 dias respirando arte e pura história da arte.
Fiz tantos registros e pude ter contato com tantos lugares maravilhosos que seria impossivel guardar sem compartilhar. Para os apaixonados pela arte e sua história, vou postar as fotos dos castelos e mosteiros bem como seu histórico para o deleite de todos.
Sintan-se a vontade, as fotos são de minha autoria e não ligo se copiarem.
Só peço para não ser colocada na boca do sapo ta bem ! 

Um dos locais de energia nitida e deslumbrante, o Mosteiro de Batalha...

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória mais conhecido como Mosteiro da Batalha situa-se na cidade de Batalha em Portugal, e foi mandado edificar por D.João I de Portugal como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota.
Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos, desde o início em 1386 até cerca de 1517, ao longo do reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos.
Exemplo da arquitectura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Em Portugal, o IPPAR ainda classifica-o como Monumento Nacional, desde 1910.



No arranque das obras do Mosteiro da Batalha foi construído um pequeno templo, cujos vestígios eram ainda visíveis no princípio do século XIX. Era nesta edificação ― Santa Maria-a-Velha, também conhecida por Igreja Velha ― que se celebrava missa, dando apoio aos operários do estaleiro. Tratava-se de uma obra pobre, feita com escassos recursos.
Em traços esquemáticos conhece-se a evolução do estaleiro propriamente dito e o grau de avanço das obras. Sabe-se que ao projecto inicial corresponde a igreja, o claustro e as dependências monásticas inerentes, como a Sala do Capítulo, sacristia, refeitório e anexos. É um modelo que se assemelha ao adoptado, em termos de orgânica interna, pelo grande mosteiro alcobacense.
A capela do Fundador, capela funerária, foi acrescentada a este projecto inicial pelo próprio rei D. João I, o mesmo acontecendo com a rotunda funerária conhecida por Capelas Imperfeitas, da iniciativa do rei D. Duarte.
O claustro menor e dependências adjacentes, ficaria a dever-se à iniciativa de D. Afonso V, sendo de notar o desinteresse de D. João II pela edificação. Voltaria a receber os favores reais com D. Manuel, mas somente até 1516-1517, ou seja, ate à sua decisão em favorecer decididamente a fábrica do Mosteiro dos Jerónimos.
O Mosteiro foi restaurado no Século XIX, sob a direcção de Luís Mouzinho de Albuquerque, de acordo com a traça de Thomas Pitt, viajante inglês que estivera em Portugal nos fins do Século XVIII, e que dera a conhecer por toda a Europa o mosteiro através das suas gravuras. Neste restauro, o Mosteiro sofreu transformações mais ou menos profundas, designadamente pela destruição de dois claustros, junto das Capelas Imperfeitas e, num quadro de extinção das ordens religiosas em Portugal, pela remoção total dos símbolos religiosos, procurando tornar o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis e, sobretudo, da sua primeira geração (a dita Ínclita Geração de Camões). Data dessa altura a actual configuração da Capela do Fundador e a vulgarização do termo Mosteiro da Batalha (celebrando Aljubarrota) em detrimento de Santa Maria da Vitória, numa tentativa de erradicar definitivamente as designações que lembrassem o passado religioso do edifício.



                  O teto é imenso de alto ( acima ) mas as portas são quase para anões... ( abaixo)





A Capela-Mor parece ser de acabamento posterior, com o seu arco triunfal acairelado, podendo igualmente considerar-se duas as fases de trabalho das capelas colaterais. Na zona das dependências claustrais é possível que os trabalhos tivessem avançado mais rapidamente do que no corpo do templo. As galerias norte e ocidental estariam já levantadas, mas foi Huguet quem terá dado acabamento às do lado sul e nascente (todas elas com sete tramos), respeitando porém o traçado anterior, com abóbadas em cruzaria de grandes chaves unidas por cadeia longitudinal, sem mísulas, descansando em finos colunelos de um e de outro lado das paredes.


                               Todas as lápides tem inscrições e referências a maçonaria.
                                    Lembrei muito do meu falescido pai.Saudades dele.





                             As esculturas são perfeitas ! nunca vi tanta riqueza de detalhes !
                                                   É pura massa de arte feita á mão.






                           O simbolo da UNESCo considerando patrimonio Historico Mundial


                                                                   Do lado de fora...

Uma das laterais


                           Por qualquer angulo que  olhe, a imensa obra é linda de se ver.
                                                              O Mosteiro tem vida...
                                                                           Incrivel


                                                                        Outro angulo


                             Se observar a fotomapa da placa, percebe-se a extensão do local




                                                                    Lindo de se ver neh !
                                                                    A energia do local...



                                  do outro lado ainda de fundo ao Mosteiro, a paradinha para o café...







No endereço abaixo vc pega um guia para impressão da visita guiada ao Mosteiro





Tópicos a abordar :

Chegada ao Mosteiro e frente à porta principal (em frente ao Mosteiro, com as imagens dos apóstolos)



- Introdução histórica
- Ordem religiosa que habitou o Mosteiro (Dominicanos)
- Arquitectura
- Portal
- Importância do silêncio dentro do Monumento / Normas de comportamento obrigatórias
Entrada para a Igreja:
- Características (Verticalidade, abóbadas, arcos ogivais, vitrais, etc.)
- Estilo Gótico
- Papel do espaço na vida dos Frades Dominicanos
À esquerda está a Capela do Fundador:
- Panteão Régio / local de oração
- Reis Fundadores e Influência Inglesa
- Arquitectura
- Filhos lá sepultados
- O acrescento dos três últimos túmulos nos restauros do Século XIX
De volta à Igreja, entrada para o Claustro Real ou Claustro de D. João I, ao fundo, à direita:
- Para o que servia / o que é um Claustro
- Arquitectura (acrescento do Manuelino no preenchimento dos arcos)
- Preparação para a visita da Sala do Capítulo, uma vez que não se deve fazer a explicação
dentro da sala, para se manter o silêncio. A explicação deverá ser feita fora da sala, de modo a
que quando se entrar já não haja quaisquer dúvidas.
Explicação da Sala do Capítulo:
- Sala de reunião dos frades / vida dominicana
- Arquitectura com ligação à abobada e o conto da Lenda da Abóbada, de Alexandre Herculano
(facultativo).
- O Vitral
- O Soldado Desconhecido
- O Cristo das Trincheiras / A chama da Pátria
- Se possível, ver o “Render da Guarda”, feito de hora a hora.
Saída para a adega dos Frades, à direita:
- Espaço que era o Antigo Dormitório
- Última utilização como Adega
Saída na porta pequena (a meio da parede da sala) e, voltando ao Claustro, apreciação da vista para a
ala norte da Igreja, com todas as características do gótico, que normalmente são estudadas.
Ao fundo, a fonte, também, e mais correctamente, chamada de lavabo:
- Utilização (tonsura, lavagem das mãos e rosto, etc)
- Funcionamento
Museu de ofertas ao Soldado Desconhecido:
- Antigo refeitório
- Vida dominicana (refeições / hábitos alimentares, etc)
- Imagem do Cristo das Trincheiras
Saída, à esquerda, corredor que leva ao 2º claustro (Claustro de D. Afonso V)com a loja de vendas:
- Antiga cozinha
Saída, à esquerda, Claustro de D. Afonso V:
- Explicação da arquitectura (gótico tardio)
- Diferenças do 1º claustro
- Andar superior (antigas celas)
- Andar inferior (outros compartimentos para arrecadações, etc)
Saída do Claustro para a rua e, à direita, as Capelas Imperfeitas:
- Explicação do espaço como panteão para D. Duarte
- Diversas fases (inclusivamente a Renascentista – no balcão superior)
- O porquê do não acabamento da construção
Fim da Visita.

                                                                                     Mapa do local



Tentei fazer um apanhado geral.
De qualquer modo, esteMosteiro atinge proporções verdadeiramente assombrosas,
sendo um exemplo único no gótico português.
Espero que gostem
by Val
=)

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